Desconfinamento de discos em 2021

O novo ano vai ser mais recheado de discos do que é habitual, atendendo aos álbuns guardados na gaveta por causa da austeridade
sanitária imposta pela pandemia do covid-19. Há discos concluídos há muito, outros que se materializaram com celeridade exatamente
por causa do confinamento, ora os meses de inspiração durante o recolhimento para próximos trabalhos, cujos frutos vamos
conhecendo futuramente.
2021 vai ser um ano de dúvidas mas com algumas certezas como o décimo álbum dos Foo Fighters, "Medicine At Midnight", que sai a 5
de fevereiro. O single de avanço 'Shame Shame' já roda desde novembro e promete um ano em força para o quinteto liderado pelo ex-
Nirvana, Dave Grohl.
2021 reserva-nos discos de Rosalía, Lorde, Cardi B e, tudo indica, dos Red Hot Chili Peppers e dos Cure. Billie Eilish já anda a pôr cá
fora novas canções, como 'My Future' ou 'Therefore I Am', a preparar-se para o desejado sucessor do debutante "When We All Fall
Asleep, Where Do We Go?", que não vai demorar. Os Arcade Fire dizem que já têm músicas para dois álbuns. "R9" será o título do nono
álbum de Rihanna. Mais adiantado, mas também ainda sem data de edição, está o próximo longa-duração de Lana Del Rey "Chemtrails
over the Country Club", a quem o sol da Califórnia não torra, nem elimina os tormentos da alma. O tema-título vai ser conhecido a 11 de
janeiro. Antes, o mundo já conhece a primeira canção de avanço, 'Let Me Love You like a Woman'.
A música portuguesa também está bem calibrada para 2021, com novos discos. A Lusa garante que saem no novo ano os álbuns da
fadista Ana Moura, Filipe Sambado, Celina da Piedade, JP Simões (ex-Belle Chase Hotel), Gala Drop, os punks The Parkinsons, Flak
ex-Rádio Macau), Sequin, Ricardo Azevedo (dos Ez Special) e Jónatas Pires (dos Pontos Negros).
É no próximo trimestre que sai o novo álbum dos D'Alva, "Somos", que está concluído e que tem vindo a ser adiado por causa das
condicionantes da pandemia. Também no primeiro trimestre de 2021, podemos contar com novas obras discográficas de Moullinex
("Requiem for Empathy"), DJ Nigga Fox ("Música da Terra"), Freddy Locks, O Gajo (projeto a solo de João Morais) e ainda o disco que
celebra os 20 anos de carreira da fadista Ana Lains. Para pouco mais tarde, aguardam-se novos álbuns de Salvador Sobral, Bruno
Pernadas ou Minta & The Brook Trout.
Em janeiro, o rapper Drake lança o seu sexto "Certified Lover Boy",determinado a fazer disparar novamente a sua popularidade.
Apesar de faltar pouco tempo para a sua publicação, o tema 'Laugh Now Cry Later' é das poucas coisas que sabemos sobre este disco.
O mês de janeiro garante-nos o novo longo de Pedro Lucas (de Medeiros/Lucas), "In Between" (cantado em inglês), e o álbum de estreia
em nome próprio de Hélio Morais (baterista dos Linda Martini e PAUS), ou melhor, MURAIS, a sua nova assinatura - ambos no dia 8.
ambém nesse dia, sai o disco dos suecos endiabrados Viagra Boys, "Welfare Jazz". No dia 15, o pós-punk contestatário britânico sai à
rua através dos novos discos dos Shame ("Drunk Tank Pink") e dos Sleaford Mods ("Spare Ribs"). No resto do primeiro mês do ano,
podemos contar com novos álbuns de Steve Hackett ("Under A Mediterranean Sky"), Rhye ("Home"), Ani DiFranco ("Revolutionary
Love"), The Besnard Lakes ("The Bernard Lakes Are the Last of the Great Thunderstorm Warnings") e dos germânicos The Notwist
("Vertigo Days").
No mês de fevereiro, a música nacional tem muita coisa nova para oferecer, a começar, desde logo, pelo álbum de estreia do projeto
recém-criado de Luis Varatojo (ex-Naifa e ex-Peste & Sida), Luta Livre, "Técnicas de Combate". Depois de vários vídeos
animados a saírem de forma avulsa, chega agora a hora da concentração destes temas de intervenção num só tomo. Vai haver ainda
discos frescos dos metaleiros Moonspell, "Hermitage" , de Jorge Benvinda (dos Virgem Suta), "Vida a Dois", de Fábia Rebordão ou de
Old Jerusalem, "Certain Rivers", entre outros.
Também em fevereiro, saem no dia 5 novos álbuns do rapper britânico Slowthai, "Tyron", de John Carpenter, "Lost Themes III: Alive
After Death", e de Femi Kuti & Made Kuti, Legacy". No dia 12, é a vez de serem lançados os discos dos Django Django e dos Clap Your
Hands Say Yeah ("New Fragility"); a 19 podemos passar a ouvir o novo álbum dos Hold Steady, "Open Door Policy"; no dia 26, são postos
à venda os álbuns de Alice Cooper, "Detroit Stories", Willie Nelson, "That's Life", e de Bonnie Tyler, "The Best Is Yet to Come".
O disco novo de Sting, "Duets", é uma das obras que esteve para sair em 2020, mas que acabou por ser adiada por questões funcionais
de fabrico afetadas pela crise pandémica. Herbie Hancock, Eric Clapton, Annie Lennox, o malogrado Charles Aznavour, Mary J. Blige,
Mylène Farmer, Shaggy, Melody Gardot ou Gashi são alguns dos parceiros de Sting neste álbum que sai no Dia do Pai, a 19 de março.
Também em março, saem o álbum de regresso dos Arab Stap, "As Days Get Dark", "Endless Arcade" dos Teenage Fanclub, "Flock" de
Jane Weaver, "The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy" de Rob Zombie (o homem forte dos White Zombie) e "The Bitter Truth"
dos Evanescence. Esse mês vai ser marcado pela estreia discográfica do Septeto Interregional, uma confederação nacional de sete
músicos de sete projetos, de sete editoras e de sete pontos diferentes do país. E vamos ter ainda mais um disco de Moullinex (o projeto
de Luis Clara Gomes), "Requiem for Empathy".
Em abril, são lançados os novos discos dos Glasvegas, "Godspeed", e dos Greta Van Fleet, "The Battle at Garden's Gate"; e maio é o mês
de chegada para o 14º álbum dos Weezer, "Van Weezer". Garantidos para 2021, ainda que sem datas de edição anunciadas, Garantidos para 2021, ainda que sem datas de edição anunciadas, estão os
próximos discos de Liz Phair ("Soberish"), Travis Scott ("Utopia"), St. Vincent, Spoon, Schoolboy Q e de Weyes Blood.